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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O negócio das agendas

Apesar de sabermos que o ano está passando, alguns sinais são determinante para que nossa ficha caia de verdade e possamos nos dar conta de que sim, o ano está acabando. Já? Nem começou!
Mas todo ano é assim, passa cada vez mais rápido. Dei muita risada com uma amiga de Facebook que postou horrorizada uma foto de uma prateleira de  supermercado lotada de panetones, símbolo comercial de que daqui à pouco começaram as propagandas na TV com o velhinho barbudo.

Apesar disso tudo, ao entrar em uma loja hoje e me deparar com as prateleiras carregadas de Agendas 2013 um frio me percorreu a espinha.

Duplo frio, eu diria. 
Primeiro porque foi minha vez de repetir o repertório de todos anos " O que? já? De novo?"
Segundo porque me lembrei da dificuldade é que tomar a decisão de trabalhar ou não com agendas.
Para as livrarias que não comercializam produtos de papelaria é um imbróglio, pois agendas na sua pura acepção da palava são sim produtos tributados e como tal, as livrarias tem que cadastrar este produto de forma que os valores sejam recolhidos corretamente.
Existe o Livro-Agenda, que tem ISBN, algum conteúdo literário e coisas do gênero, mas se uma fiscalização mais rigorosa cismar, o varejista pode enfrentar problemas legais caso não esteja tomando os devidos cuidados.

Outro fator delicado no comércio de agendas, é que a época de vende-las é agora. De outubro até dezembro, é possível vende-las pelos preços sugeridos. De Janeiro até a data de sua devolução às Industrias, normalmente em março, se vender é em promoção e se perder a data limite de devolução, não tenha dúvida, você vai ficar com um monte de prováveis brindes para clientes que comprarem acima de R$ 50,00 na sua loja, correndo o risco do cliente ficar chateado com o "prêmio".

Apesar de eu não usar agenda de papel há muitos anos, eu uso Outlook mesmo para meus compromissos e um bom e velho caderno universitário, que hoje em dia se chama "Organizer" para minhas anotações em reuniões, não sou daqueles que prega o fim das agendas de papel. Sempre haverá um público pára elas.

Acho que o grande desafio do livreiro, é ter um mix deste produtos que reflita o sonho de consumo dos seus clientes, não ocupe um espaço importante dos livros e que principalmente, garanta rentabilidade e giro de estoque. E para finalizar, avalie bem a devolução, se for maior do que 30% do que recebeu, talvez seja melhor rever sua politica ou mix de produtos deste departamento.

Será que é muito cedo para desejar  Feliz 2013 ?

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