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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Quando as coisas não são o que tentam parecer...

Na última semana uma notícia caiu como uma bomba no mundo dos esportes. Um dos maiores heróis do ciclismo de todos os tempos, que era uma prova viva de superação das adversidades, foi banido do esporte e foi desclassificado de todas as competições em que participou, muitas delas foi o grande vitorioso. A Agência Anti Dopping dos Estados Unidos (USADA) foi a responsável pela acusação e banimento. A acusação? Uso de substâncias  e outras práticas que não são autorizadas para obter melhores resultados. Caso queira saber mais clique aqui para ver matéria no UOL.

À esta altura do texto, você deve estar se perguntando o que este assunto está fazendo aqui num blog destinado ao comércio de livros e assuntos correlatos.

O link não é pelo fato de o esportista ter escrito e inspirado livros de grandes resultados de vendas, até poderia ser, mas o ponto que quero chamar a atenção é outro.

Com a profissionalização que estamos passando no mercado editorial, que precisa ser bastante ampliada inclusive, temos que ficar muito atentos para não trazer para dentro de nossas empresas, um comportamento semelhante ao do atleta pego agora. Muitas vezes, buscando uma experiênica de gestão que não temos encontrado dentro dos profissionais que já estão no mundo do livro, vamos procurar em outros mercados, recursos humanos que nos ajudem a desenvolver novas habilidades em nossas companhias e esta troca de experiências de um lado e de outro é imprescendível. Durante muitos anos ficamos fechados dentro do mercado editorial sem aprender com outros segmentos, que levaram o controle de custos, gestão estratégica e de logística para niveis de eficiência ainda não atingidos no mundo dos livros. E assim o fizeram porque se viram compelidos pela necessidade manter a empresa leve e rentável. 

Mas nos últimos anos, no  mundo corporativo em geral, cristalizou-se um comportamento nefasto que  se convencionou chamar de "contabilidade criativa", onde "executivos" sem capacidade para tratar a empresa do jeito que se deve, alteram deliberadamente informações que comprometem o entendimento da situação da empresa. Ou seja, martelam tanto os dados nas suas planilhas e slides de power points que o que é um tremendo fiasco, parece um exemplo de empresa eficiente.

Com discursos recheados de termos "mercadistas", na sua maior parte em inglês, construiu-se uma imagem de que a eficiência só era possivel através destes portadores da verdade absoluta.

Este post tem apenas uma motivação. Temos que tomar cuidado para não sermos seduzidos pelo canto de sereia dos que pensam apenas nos resultados, muitas vezes ficticios, sem avaliar consequências, nem muito menos a imoralidade de certas ações.

Alguns podem pensar que afinal de contas o que vale é o resultado, pois se não tivesse sido pego nos modernos exames anti-doping o ciclista entraria para história como o atleta que superou um cancêr nos testículos e voltou à ser campeão. Para este pensamento simplista devemos contra-argumentar com o fato de que até mesmo a sua doença foi causada pelo uso indiscriminado de  substâncias proibidas e que não existe planilha de excell que sustente uma empresa carcomida por gestores mentirosos, que não tem compromisso nem com a sociedade nem com a continuidade das suas empresas em um mundo mais decente.




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