Na última semana uma notícia caiu
como uma bomba no mundo dos esportes. Um dos maiores heróis do ciclismo
de todos os tempos, que era uma prova viva de superação das
adversidades, foi banido do esporte e foi desclassificado de todas as
competições em que participou, muitas delas foi o grande vitorioso. A
Agência Anti Dopping dos Estados Unidos (USADA) foi a responsável pela
acusação e banimento. A acusação? Uso de substâncias e outras práticas
que não são autorizadas para obter melhores resultados. Caso queira
saber mais clique aqui para ver matéria no UOL.
À
esta altura do texto, você deve estar se perguntando o que este assunto
está fazendo aqui num blog destinado ao comércio de livros e assuntos
correlatos.
O
link não é pelo fato de o esportista ter escrito e inspirado livros de
grandes resultados de vendas, até poderia ser, mas o ponto que quero
chamar a atenção é outro.
Com
a profissionalização que estamos passando no mercado editorial, que
precisa ser bastante ampliada inclusive, temos que ficar muito atentos
para não trazer para dentro de nossas empresas, um comportamento
semelhante ao do atleta pego agora. Muitas vezes, buscando uma
experiênica de gestão que não temos encontrado dentro dos profissionais
que já estão no mundo do livro, vamos procurar em outros mercados,
recursos humanos que nos ajudem a desenvolver novas habilidades em
nossas companhias e esta troca de experiências de um lado e de outro é imprescendível. Durante muitos anos ficamos fechados dentro do mercado editorial sem aprender com outros segmentos, que levaram o controle de custos, gestão estratégica e de logística para niveis de eficiência ainda não atingidos no mundo dos livros. E assim o fizeram porque se viram compelidos pela necessidade manter a empresa leve e rentável.
Mas nos
últimos anos, no mundo corporativo em geral, cristalizou-se um
comportamento nefasto que se convencionou chamar de "contabilidade
criativa", onde "executivos" sem capacidade para tratar a empresa do
jeito que se deve, alteram deliberadamente informações que comprometem
o entendimento da situação da empresa. Ou seja, martelam tanto os dados
nas suas planilhas e slides de power points que o que é um tremendo fiasco, parece um exemplo de empresa eficiente.
Com
discursos recheados de termos "mercadistas", na sua maior parte em
inglês, construiu-se uma imagem de que a eficiência só era possivel
através destes portadores da verdade absoluta.
Este
post tem apenas uma motivação. Temos que tomar cuidado para não sermos
seduzidos pelo canto de sereia dos que pensam apenas nos resultados, muitas vezes ficticios, sem
avaliar consequências, nem muito menos a imoralidade de certas ações.
Alguns
podem pensar que afinal de contas o que vale é o resultado, pois se
não tivesse sido pego nos modernos exames anti-doping o ciclista
entraria para história como o atleta que superou um cancêr nos
testículos e voltou à ser campeão. Para este pensamento simplista devemos contra-argumentar com o fato
de que até mesmo a sua doença foi causada pelo uso indiscriminado de
substâncias proibidas e que não existe planilha de excell que sustente
uma empresa carcomida por gestores mentirosos, que não tem compromisso
nem com a sociedade nem com a continuidade das suas empresas em um mundo
mais decente.
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