O título é bem exagerado mesmo para provocar.
Pensando na quantidade de executivos medíocres e
incapacitados para o trato humano que a gente vê por aí cheguei à conclusão que
os atuais métodos de seleção para executivos em geral são completamente inúteis,
ou então os recrutadores não os sabem aplicar, portando a primeira premissa volta
a ser verdadeira.
Como contribuição à humanidade vou ceder gratuitamente minha
sugestão para solução deste terrível problema e sugerir um novo teste que irá
em alguns minutos permitir que os profissionais de seleção descubram
imediatamente se tem à sua frente um troglodita corporativo ou um profissional apto
à lidar com as mudanças da sociedade, respeitando valores fundamentais para
empresas que desejam construir uma relação saudável com seus clientes e
permitir a longevidade de sua marca.
Para avaliar o grau de respeito à diversidade, maturidade emocional,
planejamento estratégico, noções de sustentabilidade, organização e método, estabelecimento
de prioridades e tomadas de decisão, nada
melhor que um candidato ser apresentado para :
O TESTE DA PIA CHEIA
DE LOUÇA SUJA:
Imagine uma pia lotada de pratos, xícaras, talheres, panelas
e tudo mais que pode ser considerado neste cenário.
Candidatos e candidatas serão apresentados à este ambiente
pedindo para que apresentem um plano de ação e execução para solucionar a questão usando o mínimo de recursos, entregando o melhor resultado, que nesse caso é
muito simples, uma pia limpa com todos objetos prontos para serem utilizados de
forma higiênica em um curto espaço de tempo
Vantagens do modelo: eliminar gente desqualificada para o
trato humano de imediato.
- Quem argumentar que lavar louça é coisa de mulher já está desclassificado antes de sequer pegar o avental. Machismo no ambiente corporativo precisa ser abominado e repelido, sob risco das empresas perderem diversos talentos da equipe, não só mulheres porque o machismo é percebido como falha grave por bons profissionais de todos os gêneros, sem contar que pode gerar até alguns problemas legais.
- Quem disser que não sabe porque em casa tinha empregados que faziam todo o serviço doméstico é uma pessoa descapacitada para o convívio social, ser podre de rico não é motivo para não ter uma educação que envolva atividades da casa, quem nunca precisou arrumar a própria cama jamais conseguirá entender as pessoas na suas ações rotineiras e desenvolver empatia, esta pessoa jamais conseguirá liderar uma equipe, será sempre ridicularizada pelos subordinados, aposto que você conhece vários casos assim.
- Quem não separa a louça por padrões (louças gordurosas de um lado, copos e taças frágeis do outro) não é capaz de analisar conjectura e simular uma solução racional em ambientes com pouca previsibilidade.
- Quem deixa a torneira aberta por mais tempo que o necessário, assim como quem desperdiça detergente e outros produtos de limpeza não tem foco em preservação do meio ambiente e em projetar uma imagem de preocupação com sustentabilidade, comprometendo a imagem da empresa seriamente em ações rotineiras.
- Quem realiza a limpeza apenas pensando em faze-la rápido demais vai deixar a louça suja e inviável para as próximas refeições, podendo desperdiçar materiais e causando até doenças, é daqueles executivos que cumpre o que se espera dele, sem se atentar para o principal, que é a questão de fundo, manter limpo para poder continuar se alimentando bem.
Eu poderia escrever mais uma dezena de linhas aqui demonstrando
porque minha teoria é perfeita, mas gostaria muito mais da sua contribuição.
O que mais podemos descobrir de uma pessoa ao coloca-la de
frente à uma pia daquelas de domingo a noite depois da macarronada ou da
feijoada?
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