Estive ontem numa reunião com alguns profissionais do livro para ouvir as propostas do Galeno Amorim que postula uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo. O Galeno dispensa apresentações para quem vive no e do livro, como nós. Além de encontrar alguns amigos do mercado editorial, encontrei neste bate papo autores, bibliotecárias e outros profissionais que tem na promoção da leitura uma bandeira de vida.
Apesar de conhecer o Galeno há alguns anos fiquei muito satisfeito de ouvi-lo dizer da sua motivação em continuar buscando ações que incluam o apoio a leitura como uma política pública, além das ideologias e partidos.
Ao ouvir das bibliotecárias presentes os problemas encontradas na esfera municipal e estadual para a condução de politicas de apoio às bibliotecas, pude ser colocado de novo frente à realidade assustadora de como práticas básicas de disseminação de cultura e educação sejam ainda tão neglicenciadas e tratadas com tanto descaso nas diferentes esferas de governo.
Ter alguém que enfrente esta indiferença, ou melhor dizendo, este descaso com algo importante como a construção das bases que sustentam a cultura de um povo, pode sim fazer a diferença entre sermos o pais que queremos ser ou apenas a promessa nunca realizada de grande nação.
Gostaria de encontrar em outros estados candidatos verdadeiramente comprometidos com a construção de uma nação de leitores e usar deste espaço para que pudéssemos esmiuçar suas propostas e chegarmos no dia 03 de Outubro com uma perspectiva de um futuro melhor para o mundo das letras.
Por hora posso sugerir que visite o blog do Galeno e leiam o que ele tem pra falar.
Um comentário:
Olá Gerson!
Em primeiro lugar parabéns pelo artigo, penso igual a você.
Tive a constatação, há duas semanas, de que a educação no Brasil, e consequentemente projetos relacionados a incentivar os brasileiros a lerem, ficam sempre em segundo plano (para não dizer em último).
Tive a ideia de montar aqui no meu bairro (que é muito carente) um espaço para leitura com empréstimos de livros. Fui procurar o vereador da região para ver se ele poderia me dar uma força e disponibilizar um verba para tal projeto. A resposta dele foi não (como eu já imaginava). Disse-me que verbas para este tipo de projetos dificilmente eram liberadas, pois a prefeitura tinha outras prioridades.
O interpelei durante um tempo, mas resolvi parar, não chegaríamos a um acordo nunca.
A lição que tirei disso, é que o poder público está "pouco se lixando" se o brasileiro lê ou não lê, o que eles querem é que esta realidade não mude nunca, pois pessoas incautas e sem conteúdo, são mais fáceis de manipular e de se tornarem massa de manobra!
Parabéns pelo blog, o visitarei com mais frequência à partir de agora.
Um abraço, Wellington Ferreira, O Vendedor de Livros
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