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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Lendas e Mitos modernos sobre o varejo de livros

Vez ou outra surge alguém cantando a morte da livraria, dos livros e de tudo o que conhecemos sobre o mercado. O jornal Valor Económico fez uma matéria sobre a Barnes & Noble que dá a impressão que a gigante cadeia de livrarias está a ponto de se transformar numa Macy's. clique aqui e veja a matéria.
A matéria quer dar a entender que com a chegada do livro eletrônico, que não representa nem 5% das vendas a loja se descaracterizou totalmente. Tremenda bobagem. Este varejista simplesmente percebeu que mais do ser especializado em livros é sim especializado num tipo de cliente com um padrão de consumo para itens relacionados à cultura e entretenimento e muitas vezes com um poder de compra bem superior aos demais varejos. Vender canecas de café sofisticados, chocolates refinados, óculos de leitura não compromete em nada o mix da loja, pelo contrario, faz com que o seu cliente se sinta mais atraído para visitar a loja e encontre opções de entretenimento e satisfação de desejos e necessidades que não encontraria em outro lugar.

Nada como uma visita minha na loja da Quinta Avenida para perceber que o jornalista do Wall Street Journal, de quem o Valor Económico traduziu a matéria, está precisando de assunto. E como diz o Roberto Darnton na introdução do seu livro " a Questão dos Livros" (veja post anterior) para o jornalista noticia boa é notícia ruim, se ela não for ruim o bastante, pode-se dar uma piorada para vender mais jornal.
Por isso que cada dia leio menos jornal e mais blog.

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