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sábado, 20 de agosto de 2011

Gestão que pode dar congestão.

 Por ter uma origem essencialmente comercial, durante muito tempo acreditei que as áreas administrativas e comerciais eram almas distintas que não poderiam habitar o mesmo corpo. Todo aquele que se descobre empreendedor um dia, descobre também que este tipo de pensamento só traz dor de cabeças e eu aprendi rápido esta lição ao iniciar vôo solo 11 anos atrás. Aprendi também, naquele inicio dificil, que poderia tirar da administração da empresas quase a mesma satisfação que obtinha na vida comercial, quase porque quem tem o sangue de vendedor sempre tenderá mais para este lado.

 Uma vantagem que um administrador vindo de áreas comerciais pode tirar sobre os administradores mais tradicionais (porque por outro lado temos várias desvantagens)  é que uma mentalidade comercial faz com que desenvolvamos uma percepção do ser humano maior, precisamos desta capacidade de entender o que o outro está nos dizendo, de forma  não verbal, para saber se seremos bem sucedidos ou não  ao apresentar nossas propostas e ao observar, aprendemos à respeitar, procuramos cativar antes de ordenar. E quem cativa, tem condições de ser mais bem sucedido do que quem impõe. Qual não foi minha satisfação de ver um texto do Stephen Kanitz dissecando o termo da moda " Gestão". Clique aqui para ler a coluna.

Sinceramente não consigo entender que no mundo ainda haja espaço para administradores com este estilo, que dá murro na mesa e bate no peito se dizendo o tal. E por Deus, como há destes tipos por ai! Neste texto ele trata de forma muito clara deste modelo em que o "gestor" se posiciona de forma distanciada da equipe, como aquele que apenas indica, ordena, transmite, mas não participa, não integra.


Convido você a visitar o blog do colunista que recentemente decidiu deixar sua coluna na Revista Veja e se dedicar à blogesfera e conferir outros artigos que esmiuçam esta e outras máximas que se encrustsaram (lamentavelmente) na vida corporativa, desumanizando as empresas e no final das contas, levando-as muitas vezes para um cenário de faz de conta, onde os indicadores assumem o papel dos resultados de fato e onde trabalhar se torna um fardo insuportável, fazendo com que os talentos fujam tão rápido quanto possivel para a concorrência.       


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